Revisão Sistemática do gênero Monodelphis. parte 2 Os Grupos do Leste, Evolução e Biogeografia

domingo, 23 de junho de 2013

A OBRA DO SÉCULO

Postado por Nelson Fernandes Gomes às 04:29

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A OBRA DO SÉCULO

A OBRA DO SÉCULO

A OBRA DO SÉCULO

Origem e dispersão do gênero Monodelphis 1

Origem e dispersão do gênero Monodelphis 1

Origem e dispersão do gênero Monodelphis 2

Origem e dispersão do gênero Monodelphis 2

Origem e dispersão do gênero Monodelphis 3

Origem e dispersão do gênero Monodelphis 3

Origem e dispersão do gênero Monodelphis 4

Origem e dispersão do gênero Monodelphis 4

Estes dois mapas estão diretamente relacionados com a figura seguinte, mostram como a geografia determinou a evolução desses grupos.

THE EASTERN GROUPS

THE EASTERN GROUPS

THE EASTERN GROUPS - The characteristics found in these groups have distributions in geographical gradients reversals, in other words, there is not a unique direction for all characters from one end to the other (a polarization). The three groups were derived in a evident manner in relation to the others, but among themselves in complex ways. The palatine bone, the braincase, the size of the teeth and body, has derived most in the south, the jaw, the color pattern, the bullae, most in the north. Locally each one has autapomorphies. Everything indicates that an Amazonian population dispersed to the east at a wet phase and differentiated itself by producing a new line under the influence of climate change to a dry phase. The new isolated population maintained a temporary contact with the distribution of characters in mosaic that was retained in the three populations derived, in other words, there must have been a localization respecting geographical conditions. The sympatries give us an idea of geographic displacement, using the concept of sympatry as evidence of dispersion.

Características comparadas Grupos do leste

Características comparadas Grupos do leste

Distribuição de caracteres em mosaico. O grupo M. emiliae é intermediário em relação ao tamanho dos dentes, órbitas e basicrânio. Na figura acima temos (de cima para baixo) comparações do basicrânio; das órbitas, mostrando o palatino; e na parte inferior a série molar superior em vista oclusal, mostrando o padrão das cúspides e o tamanho.

Theory of the gates

Theory of the gates

"Watershed boundaries" are roads of rapid gene flow. The distance between the gates seem to influence the gene flow, however there is more than one factor, we have to add the largest number of possible factors at least the most significant. The weather can be decisive in the occupation of an area by a group of organisms. The rivers that delimit an biogeographic area behave in different ways. The most important is that the interfluves (hills) act as roads between these closed biogeographical areas. Variations of the characters show us a pattern of development which is also occupational. These patterns reflect the gene flow that is also historical and can be interpreted in time. But we must not forget that "selection" and not mutations do the music play! Environmental changes determine "The speed" drum and not the quantity of mutations!

Integração Amazônia - Mata Atlântica

Integração Amazônia - Mata Atlântica

Here I sprout "The Theory of the gates" : The role of corridors formed by the interfluves in the dispersal of land animals and the link between these corridors and certain areas closed to form true fences with gates. In the distribution map of M. americana we have Gate 1 of the "Chapada dos Veadeiros." For there was the whole occupation of northeastern Brazil. The Flora and Fauna of the Amazon and Atlantic forests were introduced in this region that suffered a major Pliocene extinction.

Monodelphis species distribution

Monodelphis species distribution

High degree of diversity in two specific areas. The corridor is associated with two areas of great climatic stability (even in dry periods), and high humidity environments rich in ecological niches. The enabling rapid transit between the two areas that periodic on-off connection center participated actively in this diversity. The Andes border (yungas) and "Serra do Mar" are some of this factors.The (M. osgoodi+M. macae) ancestor dispersed eastward into the "Serra do Mar" in a more humid period (climatic optimum) and there left a remnant . As it was adapted to a very wet, disappeared in the corridor. But M. adusta became ... and survived as M. kunsi. The M. americana group dispersed in a inverse route, from east to west, at the same time.

Ocorrência de 7 espécies numa pequena área do sudeste do Brasil.

Ocorrência de 7 espécies numa pequena área do sudeste do Brasil.

Esta região merece uma atenção especial, pois é uma área que reune num pequeno espaço, o maior número de espécies de Monodelphis em todo o Brasil.

Mapa 6

Mapa 6

Mapa Adaptado de Hueck e. Siebert, 1972

Relações Filogenèticas do Grupo M. americana

Relações Filogenèticas do Grupo M. americana

M. iheringi separou-se das populações do sul e é SIMPÁTRICO. M. rubida ( =americana) Bahia.

THE THEORY OF THE GATES

THE THEORY OF THE GATES

I SPROUT "The Theory of the gates" A theory about closed areas, gates and quick access roads. About "imprisoned gene flow" and "quick access routes" through "watershed boundaries". Creating areas of endemic species and providing colonizations. Carnivores are more mobile and less dependent on the environment than rodents and herbivores. Primates are much less mobile and characterize these ecological regions as well. Essas rotas de dispersão e ocupação foram generalizadas a partir da evolução do gênero Monodelphis. O gênero surgiu com o Cerrado, foi um processo conjunto. O termo "Campos Cerrados", como foram chamados, mostra bem a consciência popular sobre o que é essa formação. De acordo com Rizzini (1979), o Cerrado é uma mistura de dois ambientes distintos o campo e a mata. Foi uma adaptação conjunta de muitas espécies vindas da mata, produzindo uma mata mais resistente e seca que sobreviveu às condições do Brasil central, onde existia apenas o campo. O ancestral de Monodelphis era semelhante a Metachirus, um didelfídeo que vive mais ligado ao solo, apesar de pertencer a um grupo arborícola. Uma floresta aberta com árvores espaçadas produziu um didelfídeo quase totalmente adaptado ao solo como Monodelphis domestica. Esse conjunto de organismos associados conhecidos como Cerrado conseguiu uma estabilidade decorrente das condições variáveis do Brasil central. Monodelphis domestica é a espécie mais conservadora do gênero, isso significa que está ligada as condições ambientais ancestrais, ou seja o cerrado. As demais espécies são mais modificadas, mostram a história evolutiva do grupo, que partiu do cerrado para as florestas. Do ambiente seco para o úmido. Monodelphis macae é sem dúvida a mais modificada, vive na mata úmida de encosta da Serra do Mar. A evolução do gênero Monodelphis é comparável a de outros animais como por exemplo o gênero Callithrix ou em parte Callicebus. Estou tentando construir uma história conjunta da fauna da América do Sul. Que poderá ser extrapolada para outros continentes no futuro. Mesmo antes de ocorrer especiação já existe um quadro de afinidades genéticas que está associado às distâncias geográficas e as semi-barreiras pré existentes. O ponto B é uma dessas semi-barreiras, "dificulta mas não impede".

O "Y" boliviano e as Sub-regiões Ecológicas da Bacia Paraná-Paraguai

O "Y" boliviano e as Sub-regiões Ecológicas da Bacia Paraná-Paraguai

The Bolivian “Y“ and Ecological Subregions of the Parana-Paraguay Basin This region is not the geographical center of South America only. What I called the Bolivian “Y“ is a kind of center of communication between the 3 ends of the continent. 1 - south to Patagonia. 2 - to the northwest to Venezuela. 3 - up to the northeast of Brazil. This is an obligatory passage point for the species in their dispersion, is also an area which has a variety of environments and has a great diversity of fauna in the light of all this. This point serves as a communication between the forests in the wetter phase and allows communication between the open areas in dry phase, in a kind of ON-OFF mechanism. In this map there is still the sub-ecological regions of the Parana-Paraguay basin, similar to that seen in the Amazon Basin. Around the axis formed by the Paraguay River we can identify five ecological regions: On the right bank you have the Gran Chaco. It can be divided into northern and southern Chaco. This division follows the principle of "Theory of the Gates", i.e. the access roads from the Andes determine the biogeographic areas. The first access point is the very "Y" Bolivian beyond the east-west of the continent also gives direct access to the northern Chaco. The second point to the south leads to a closed area between the rivers Bermejo and Salado comprising much of the southern Chaco. On the Left bank we have three sub-regions: The first is the Parana-Paraguay interfluve a small mountain range that divides these basins. This region is an extension of the southern Atlantic forest. The second is the region between the Paraná and Uruguay River, in the Argentine provinces of Misiones, Corrientes and Entre Rios. Also an extension of the southern Atlantic forest. The third is the sub-region Uruguayan, situated on the left bank of the River Uruguay. Regarding gender Monodelphis can notice a different distribution in each of these sub-ecological regions, although some species occur in several of them. 1 northern Chaco - Monodelphis domestica and M. kunsi; 2 South Chaco - Monodelphis dimidiata; 3 interfluve Paraná-Paraguay - Monodelphis brevicaudis and M. kunsi; 4 Entre Rios - Monodelphis americana, M. scalops, M. brevicaudis and M. unistriata; 5 Uruguayn - Monodelphis dimidiata and M. brevicaudis. The species M. dimidiata should have been dispersed through the rivers that are flood plain and with many meanders. The genus Thylamys also provides evidence that these divisions contain different faunas and have their own species. 1 northern Chaco - Thylamys pusillus 2 South Chaco - Thylamys pulchellus 3 interfluve Paraná-Paraguay - Thylamys macrurus 4 Entre Rios Thylamys citellus 5 Uruguayan - Thylamys sp. This area shown on the map includes 11 species of Monodelphis.

Monodelphis americana e M. iheringi distribution

Monodelphis americana e M. iheringi distribution

Eritrismo em M. americana. - O nome "Monodelphis theresa" para quem ainda não percebeu, é sinônimo junior de Monodelphis scalops. Isso é absolutamente certo...não há nenhuma dúvida quanto a isso, até a análise de DNA já comprovou o fato. Esse nome tem sido associado às populações meridionais de M. americana. No entanto existe uma distribuição gradual de caracteres entre as formas de M. americana, não sendo possível separa-las sem criar mais confusão ao quadro já existente, devida a ocorrência de eritrismo na região central de sua distribuição. A nova espécie do grupo M. americana que será publicada muito em breve por Sergio Solari, ao que tudo indica está isolada reprodutivamente das outras populações de M. americana, pois nunca foi coletada em Mato Grosso ou na Bolivia, onde recentemente tem havido muitas coletas de Monodelphis. Apesar de ser uma nova espécie, eu concluo que certamente mantém maiores afinidades genéticas com as populações de Goiás de M. americana das quais se destacou.

COMPARAÇÂO DO TAMANHO dos MOLARES

COMPARAÇÂO DO TAMANHO dos MOLARES

A medida M1-M3 É a MAIS segura na diagnose

Crânios do Grupo M. americana

Crânios do Grupo M. americana

Notem o dimorfismo sexual mais acentuado que em outros grupos. Explica em parte a fêmea de M. scalops ser chamada de M. theresa

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